O Feminismo é o Contrário de Solidão - 8M

Dia 8 de Março é celebrado o Dia Internacional da Mulher no mundo todo e por aqui, há anos, a data é recebida com muita conversa sobre o papel da mulher no mundo contemporâneo e reflexões sobre as nossas práticas diárias calcadas na cultura machista que afetam a vida de mulheres e também dos homens.


Imagem daqui
Na internet eu tive oportunidade de conhecer pessoas incríveis, que me ensinaram muito sobre o Feminismo, sobre Sororidade, sobre caminhar junto mesmo não estando perto. Através destas mulheres eu pude entender que o mundo só será melhor, quando todos nós trabalharmos para transformá-lo em um lugar melhor e eu acredito que uma das ferramentas mais importantes desta transformação é a Educação.

Me identifiquei muito com o texto da Deputada Manuela D'ávila sobre a data e o transcrevo aqui:


Eu não era feminista. 

Eu acreditava que isso era assunto do passado, da geração de minha mãe, que largou a faculdade para casar, que “desquitou” para voltar a estudar, que aguentou dedos na cara e o desemprego e desamparo por criar sozinha as filhas. 

Eu já era militante, sou militante desde os 17, eu já acreditava que o mundo era desigual, que precisávamos lutar por justiça social e, mesmo assim, eu não era feminista. 

Mas a vida - e suas permanentes portas abertas a quem aceita mudar e se mudar - fez com que eu percebesse que a desigualdade econômica e social no Brasil atinge de forma muito mais cruel  às mulheres. 

A vida fez com eu tomasse consciência que aquilo que eu e outras mulheres vivemos não era algo que acontecia com uma de nós, mas com todas nós. Tomei consciência que não era só comigo. Não era só com ela, mas que É com todas. 

Uma de nós ser assediada a cada dois segundos, tem nome.
Sermos responsabilizadas pela violência que sofremos, tem nome.
Receber menos salário pelo mesmo trabalho, tem nome. 
Estabelecerem padrões físicos doloridos e inalcançáveis para nós, tem nome.
Sofrer violência física, ser assasinada e ouvir que o amor pode matar, tem nome.
Parir e ficar desempregada, tem nome. 
Ser invisível na política, tem nome.

A ideia que somos inferiores, menos livres, menos donas de nossos corpos e mentes, menos merecedoras de direitos tem nome. O nome disso é machismo.

E o feminismo não é o contrário do machismo e sua compreensão que as mulheres são inferiores.

Nossa radicalidade esta justo em lutar pela equidade, pelos direitos iguais, pelo nosso direito à vida sem violência, pelo direito à sermos donas de nossos corpos e mentes. 

Somos radicais que acreditamos ser iguais aos homens.

Por isso, me emocionei muito ao me deparar com essa frase no livro novo de Márcia Tiburi. Porque o feminismo é o contrário da solidão. Porque quando tomamos consciência que o assédio acontece a todas, percebemos que não estamos sozinhas. Quando percebemos que o medo do desemprego ao engravidar e o desemprego com filhos acontece com todas, não estamos sozinhas. Quando percebemos que o medo de estar na rua não é só nosso, não estamos sozinhas. Quando pensamos que milhares de mulheres têm medo de ficar na própria casa porque é ali que a violência acontece, não estamos sozinhas. Quando recebemos o salário inferior, não estamos sozinhas. Quando percebemos que esse personagem de super heroína “mãe, dona de casa, que trabalha fora e da conta de tudo” é uma forma de deixar bonita a nossa jornada tripla de trabalho, não estamos sozinhas.

Não estamos sozinhas na opressão, na vivência cotidiana do machismo. Não precisamos estar sozinhas no enfrentamento radical a ele.

O feminismo nos faz ver que todas somos submetidas ao machismo e que apenas juntas teremos forças para enfrentá-lo. 

O feminismo é o contrário da solidão porque ele nos une, une nossa rebeldia contra as injustiças, nos faz solidárias umas com as outras, nos faz irmãs na luta por nossos direitos e pelos direitos de nossas irmãs.

Não estamos sozinhas. Somos muitas.

Rebele-se contra o machismo! 

#8M #marçorebelde

ENa imagem marquei mulheres incríveis que me movem a lutar contra o machismo, sejam elas feministas ou não. É por mim, por essas mulheres incríveis e com elas transformar o mundo em um lugar melhor para todas nós, mulheres

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