Moça, comece uma revolução. Pare de odiar seu corpo ❤️

Eu li o texto abaixo há algum tempo e não poderia me identificar tanto. Não me lembro da minha mãe falando que era feia ou gorda enquanto eu crescia ao seu lado, mas me lembro dela fazendo dietas e consumindo remédios para emagrecer em alguns momentos de sua vida e nunca pensei que isso pudesse me influenciar. Logo após ter a minha primeira filha, aos 19 anos, também achava que precisava emagrecer rapidamente, e após o desmame da Rafa, aos 8 meses, comecei a fazer dietas e tomar remédios para emagrecer.

Hoje, a beira dos 39 anos, e depois de muitos anos brigando com a balança, decidi que vou me aceitar como sou. Esta decisão veio depois de várias conversas sobre o corpo e saúde com a Rafa, que no auge dos seus 19 anos ás vezes demonstra vergonha de mostrá-lo como é, de aceitar-se com bração, quadris largos, coxas grossas. E ai bate uma certa culpa de ter influenciado negativamente a minha filha sobre os 'grilos' com o corpo, sabe? Hoje sou um pouco mais 'bem resolvida' em relação a isso, mas tive momentos punks na vida. Nunca fui magra, mas sempre fui saudável e é assim que pretendo permanecer. Tento manter uma alimentação saudável e há alguns meses tenho dedicado pelo menos uma hora do meu dia a uma atividade física, o que tem feito um bem enorme ao meu corpo, mas principalmente para a minha mente.

Deixo aqui trechos do excelente texto da australiana Kasey Edwards, publicado originalmente no site Daily Life e traduzido pelas meninas do site Cinese. Kasey escreveu uma carta libertadora á sua mãe sobre os padrões de beleza impostos pela sociedade. Vale a pena lê-lo na íntegra http://blog.cinese.me/post/63559684186/quando-sua-mae-diz-que-e-gorda

"Quando sua mãe diz que é gorda"

 "Hoje eu entendo o que é crescer em uma sociedade que diz para as mulheres que a beleza delas é o que mais importa, e, ao mesmo tempo, define padrões estéticos absoluta e eternamente fora de alcance. Eu também entendo a dor que é internalizar essas mensagens. Nós acabamos nos tornando nossos próprios carcereiros e nos impomos punições sempre que não conseguimos chegar lá. Ninguém é mais cruel conosco do que nós mesmas. (...)

Merecemos mais – mais que ter dias horríveis por pensamentos ligados a nossa péssima forma física, desejando que ela fosse diferente. E não é mais só sobre você e eu. É também sobre a Violet. Sua neta tem apenas 3 anos e eu não quero que esse ódio ao corpo tome conta dela e estrangule sua felicidade, sua confiança, seu potencial. Eu não quero que ela acredite que a aparência é o maior ativo que ela possui, e que vai definir o valor dela no mundo. Precisamos mostrar para ela, com palavras e com as nossas ações, que as mulheres são boas o suficiente exatamente como são. E para ela acreditar, nós precisamos acreditar primeiro.

O seu corpo é perfeito. 
Ele te permite desarmar todo mundo com seu sorriso, contaminar cada um com sua risada. Te dá seus braços para envolver a Violet e apertá-la até ela gargalhar. Cada momento que gastamos nos preocupando com a nossa forma física é um momento jogado fora, um pedaço precioso de vida que a gente não vai recuperar nunca mais.

Vamos honrar e respeitar nossos corpos pelo que eles fazem ao invés de desprezá-los pelo que eles são. Vamos manter o foco em viver vidas saudáveis e ativas, deixar nosso peso de lado e largar nosso ódio ao corpo no passado, que é onde ele merece ficar."




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