É da nossa Conta! Trabalho Infantil e Adolescente
Este mês foi lançada a campanha: É da nossa conta! Trabalho infantil e adolescente, promovida pela Fundação Telefônica em parceria com a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para Infância e Adolescência) e com a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e que tem como objetivo levantar as questões do trabalho infantil e adolescente no Brasil.
Eu aprendi muito naquela época, amadureci demais, e mesmo sendo cansativa a rotina eu não desisti nem da escola e nem do emprego. Mas é claro que se eu pudesse escolher, teria me dedicado exclusivamente aos estudos e teria aproveitado bem mais o curso técnico que fiz.
Passados quase 20 anos, ainda hoje vejo adolescentes trabalhando e estudando. Na escola da Rafa, que é pública, existem vários casos. Muitos adolescentes que estudam e trabalham não aguentam a rotina pesada e acabam abrindo mão dos estudos. Muitos vão à escola e dormem nas aulas. Outros viram turistas, e vão 1 ou 2 vezes por semana. Com tudo isso o rendimento escolar cai e a evasão escolar é quase certa.
Cerca de 4 milhões de crianças e adolescentes trabalham no Brasil e o índice vem caindo ao longo das décadas, mas ainda é um número muito alto. O Governo tem programas para a erradicação do trabalho infantil e adolescente, mas a participação da sociedade (nós) é fundamental para que haja resultados mais rápidos.
O que eu podemos fazer para contribuir com a erradicação do trabalho infantil e adolescente no Brasil?
- Sempre que puder fale sobre o Trabalho Infantil e Adolescente. É muito importante que o assunto não caia no esquecimento;
- Você pode denunciar pelo site: http://www.disque100.gov.br ou pelo telefone (número 100);
- Você pode ajudar na divulgação da campanha nas redes sociais:
Facebook: https://www.facebook.com/redepromenino
Twitter: @promenino #semtrabalhoinfantil
Sempre que posso, converso com adolescentes que trabalham e procuro saber se conseguem conciliar o trabalho e os estudos e qual a postura da família em relação a isso. Muitas vezes a resposta que recebo é "trabalho para ter meu dinheiro". Procuro falar sobre a importância da dedicação deles aos estudos neste momento e que se possível que priorizem a escola. Para tomarem como exemplo os amigos que trabalham por necessidade e como é complicada a rotina de quem trabalha e estuda.
Sei que muitos olham desconfiados quando nos interessamos pelos problemas alheios, mas eu não ligo. Continuo fazendo meu trabalho de formiguinha, junto com muitas outras formiguinhas, nas comunidades da minha cidade ou na web. Pois juntos, formamos um exército!
Se você quiser se aprofundar no assunto, conferir vídeos e materiais da campanha, o site é: www.promenino.org.br
Trabalho é quando a criança ou adolescente é submetido a uma atividade regular (por exemplo, todas as tardes), com ou sem remuneração, na qual ela tem compromisso (se ela não fizer outra pessoa não vai assumir) e que limita seu tempo para brincar, estudar e descansar, afetando seu desenvolvimento físico, psicológico e emocional.Eu comecei a trabalhar aos 15 anos. Tinha o necessário para viver, mas confesso que queria mais: uma roupa diferente, um tênis mais bonito, passear com as amigas no domingo a tarde, e, meus pais não tinham condições de financiar meus 'luxos'. No começo fazia alguns bicos sem horários fixos e treinava vôlei minha paixão! Aos 16 anos tive meu primeiro emprego com carteira assinada como operadora de caixa em uma rede de supermercados. Trabalhava no turno da manhã, das 9hrs as 15hrs e cursava o ensino médio técnico a noite. O vôlei, eu tive que parar, pois não dava para conciliar. A rotina era pesada, e muitas vezes, as horas extras não me deixavam fazer um trabalho escolar ou estudar para uma prova. Poucos meses depois minha família teve problemas financeiros, e e o meu salário, que inicialmente era para pagar meus 'luxos', acabou ajudando, e muito a minha família. Meus pais viam que a carga era pesada para mim, uma adolescente de 17 anos, e pediram que eu saísse do emprego, mas eu não tive coragem de deixá-los na mão, pois sabia que o meu salário faria falta no orçamento da família.
Eu aprendi muito naquela época, amadureci demais, e mesmo sendo cansativa a rotina eu não desisti nem da escola e nem do emprego. Mas é claro que se eu pudesse escolher, teria me dedicado exclusivamente aos estudos e teria aproveitado bem mais o curso técnico que fiz.
Passados quase 20 anos, ainda hoje vejo adolescentes trabalhando e estudando. Na escola da Rafa, que é pública, existem vários casos. Muitos adolescentes que estudam e trabalham não aguentam a rotina pesada e acabam abrindo mão dos estudos. Muitos vão à escola e dormem nas aulas. Outros viram turistas, e vão 1 ou 2 vezes por semana. Com tudo isso o rendimento escolar cai e a evasão escolar é quase certa.
Cerca de 4 milhões de crianças e adolescentes trabalham no Brasil e o índice vem caindo ao longo das décadas, mas ainda é um número muito alto. O Governo tem programas para a erradicação do trabalho infantil e adolescente, mas a participação da sociedade (nós) é fundamental para que haja resultados mais rápidos.
O que eu podemos fazer para contribuir com a erradicação do trabalho infantil e adolescente no Brasil?
- Sempre que puder fale sobre o Trabalho Infantil e Adolescente. É muito importante que o assunto não caia no esquecimento;
- Você pode denunciar pelo site: http://www.disque100.gov.br ou pelo telefone (número 100);
- Você pode ajudar na divulgação da campanha nas redes sociais:
Facebook: https://www.facebook.com/redepromenino
Twitter: @promenino #semtrabalhoinfantil
Sempre que posso, converso com adolescentes que trabalham e procuro saber se conseguem conciliar o trabalho e os estudos e qual a postura da família em relação a isso. Muitas vezes a resposta que recebo é "trabalho para ter meu dinheiro". Procuro falar sobre a importância da dedicação deles aos estudos neste momento e que se possível que priorizem a escola. Para tomarem como exemplo os amigos que trabalham por necessidade e como é complicada a rotina de quem trabalha e estuda.
Sei que muitos olham desconfiados quando nos interessamos pelos problemas alheios, mas eu não ligo. Continuo fazendo meu trabalho de formiguinha, junto com muitas outras formiguinhas, nas comunidades da minha cidade ou na web. Pois juntos, formamos um exército!
Se você quiser se aprofundar no assunto, conferir vídeos e materiais da campanha, o site é: www.promenino.org.br
Veja outras postagens desta Blogagem Coletiva https://www.facebook.com/events/édanossaconta!
Viviane,
ResponderExcluirGosto muito do teu jeito honesto de colocar a opinião e concordo inteiramente contigo. Eu quis trabalhar para ter meu dinheiro e meus pais disseram que podíamos estar precisando de dinheiro, mas era prioridade minha estudar e ponto. Que era minha única obrigação. Na época eu não entendi, porque também queria poder ter algumas coisas. Mas hoje vejo como foi importante essa decisão deles.
E a decisão é do adulto da relação, sempre!
Adoro quando pessoas como nós, as "formiguinhas", se unem em prol de uma boa causa. Nós podemos vencer qualquer barreira, persistindo pacificamente e educando para uma forma diferenciada de encarar o mundo.
Beijo, queridona!
Ingrid