Sexualização infantil no comércio tem seu fim decretado na Inglaterra

Imitar os adultos – como as meninas que querem usar roupas, sapatos e maquiagem da mãe – é normal. O problema é quando se maquiar vira um hábito obrigatório na rotina da criança. Ela não pode deixar de sair de casa, por exemplo, porque não passou batom. Lais Fontenelle, psicóloga e coordenadora de Educação do Projeto Criança e Consumo

Associações de pais da Grã-Bretanha decidiram reclamar e pediram o fim da sexualização infantil no comércio. Os principais varejistas se comprometeram a retirar imediatamente as roupas sexualmente apelativas das vitrines.

Ingleses se mobilizam pelo fim da sexualização infantil no comércio (no Bom Dia Brasil)






Na Inglaterra lojas não poderão mais vender produtos que estimule a sexualização das crianças, como Lingeries infantis por exemplo. Revistas adultas devem ser cobertas com plástico não transparente e ficar em prateleiras altas, cds devem ter classificação etária. O comércio tem até Outubro para se adequar as novas regras, quando haverá uma avaliação do impacto da medida no país.

O mais importante: os pais é que serão os fiscais da aplicação das leis. São eles quem ficarão de olho em lojas que descumpram as normas, e denunciá-las aos órgãos competentes. O governo e a associação do comércio Varejista da Inglaterra incentivaram o boicote as lojas que continuarem vendendo produtos para crianças sexualmente apelativos.

Que aconteça em breve a regulamentação de propagandas direcionadas às crianças e que produtos feitos para os nossos pequenos, que contenham apelo sexual (como o Sutiã de bojo da Disney que a Pernambucanas colocou a venda), também sejam banidos do por aqui.

O projeto Criança & Consumo faz um trabalho bem interessante em relação ao tema e aceita denúncias de abusos. Cabe a nós pais ficarmos de olho e preservar o direito dos nossos filhos a uma infância saudável sem expô-los a conteúdos e produtos que não se adequam ao 'ser criança'.