A triste realidade da Educação no Brasil

"Educação nunca foi prioridade no Brasil!"  

Muitos aplaudiram a fala de Amanda Gurgel, Professora do estado do Rio Grande do Norte na câmara dos Deputados do Estado. Eu chorei.



"[...]os deputados deveriam estar todos constrangidos com a educação no estado do Rio Grande do Norte e no Brasil. Não aguentamos mais a fala de vocês pedindo para ter calma. Entra governo, sai governo, e nada muda. Precisamos que algo seja feito pelo estado e pelo Brasil. O que nós queremos agora é objetividade". (Fonte O Globo)









A professora Amanda traz uma perspectiva boa de como é o dia a dia de um educador, mas não ache que somente bons salários farão a educação melhorar. Sem dúvida vai melhorar as condições de ensino e oportunidades para esses profissionais, mas o processo educacional tem um problema estrutural que vai muito além das questões financeiras.

Os tempos mudaram e com ele as profissões e profissionais. Nosso sistema educacional é muito teórico, chato e banalizado. Não estamos formando pessoas preparadas para a vida, com prática e vivência, raciocínio lógico, discernimento, noção de coletivo. [...]

Os alunos estão cansados de decorar regrinhas verbais e fórmulas que nunca vão usar no dia a dia e, consequentemente, os professores não dão conta de ensinar algo tão inútil para a vida desses profissionais. A sala de aula está ultrapassada, a maior parte do nosso conhecimento foi fruto da educação informal, ou seja, dia a dia, vivência, realidade. (Atitude Eco - Educação NUNCA foi prioridade no Brasil)

Alguns professores dão nó em pingo d'água, fazem muito mais do que poderiam e tudo o que vemos é a EDUCAÇÃO cada vez pior no Brasil. Temos PAIS ausentes, sem compromisso, que jogam os filhos na escola e acham que apartir dali a responsabilidade é da escola, que a parte deles está feita; um ESTADO que não faz mudanças reais, que não pensa em um sistema educacional realmente eficaz, que se preocupe também com a 'reciclagem'  do professor; uma população omissa, que paga impostos altíssimos e não cobra do governo. Colocar nossos filhos em colégios particulares e mandarmos às favas o ensino público que NÓS FINANCIAMOS não é lá uma saída muito inteligente. No futuro nossos filhos pagarão o Bolsa Família para o aluno mal atendido pela Escola Pública hoje. É este ciclo vicioso, que acontece a mais de 15 anos que nós queremos para o futuro, para nossos filhos? Eu não quero!

A situação é muito triste, daquelas para se sentar e chorar. O que podemos fazer em relação a isso? Esperar mais uma eleição? Não!! Precisamos de mudanças urgentes, para ontem! Chega de omissão.

Viviane Pereira, mãe da Rafaela e do Italo, alunos de escolas públicas da cidade de Guarulhos, SP.

Imagem Google

Update 19/05/2011 - ás 13:40hrs

O Portal Tribuna do Norte fez uma entrevista com a Professora Amanda Gurgel, que diz não entender a repercussão do vídeo:
"...não há nada naquelas palavras que não se diga todos os dias nas escolas, que os meus colegas não estejam cansados de saber. A realidade é a mesma há muito tempo. Eu não entendo toda essa repercussão."
Separei dois trechos da entrevista que achei bem interessante. A entrevista na íntegra você pode ler neste link

Por que você se interessou pelo magistério?

Eu tive uma professora, chamada Claudina, de Espanhol, que era uma fonte de admiração. Eu queria ser como ela. Eu sempre acreditei na educação. Não era a melhor aluna da classe, mas era aplicada. Então, eu quis ser professora por acreditar que nessa profissão seria possível mudar vidas.

Voltando ao vídeo, você preparou o discurso com antecedência?

Não. Eu prestei atenção nas falas anteriores e cada absurdo que era falado eu procurava um contraponto. No final, saiu aquilo ali. E não há nada naquelas palavras que não se diga todos os dias nas escolas, que os meus colegas não estejam cansados de saber. A realidade é a mesma há muito tempo. Eu não entendo toda essa repercussão. Talvez o grande lance do vídeo é ter sido gravado ali, na Assembleia Legislativa e na presença da secretária estadual de Educação. Algumas pessoas teriam medo, mas eu nem pensei nisso. Eu não tenho motivo para ter medo de Betânia Ramalho e nem de deputado nenhum, porque eles não me deram emprego e não dependo deles para nada. São eles quem dependem da população.

A professora Amanda Gurgel é filiada e militante do PSTU, mas na minha opinião isso não invalida  o seu discurso.

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